Resumo:
Alerta para a ameaça à Verdade Eleitoral, uma das poucas conquistas incontestáveis da Revolução de 1930. Ele critica a destruição do Código Eleitoral pelo Golpe de 1937, que eliminou garantias contra fraudes. Embora o sigilo do voto e a Justiça Eleitoral tenham sido mantidos, foram retiradas medidas essenciais para evitar falsificações, como a identificação fotográfica e dactiloscópica do eleitor. Essa fragilidade transformou o título eleitoral em um simples documento ao portador, permitindo que um cidadão votasse várias vezes com diferentes registros. Tentativas de reformar esse sistema, lideradas por Soares Filho, Afonso Arinos e Ernani Sátiro, falharam devido à resistência dos que veem a política como um meio de exploração do poder. Pilla denuncia a hipocrisia dos opositores das reformas, que alegam custos elevados para justificar a rejeição da fotografia no título e da impressão digital, mesmo quando o Estado já financia os partidos políticos. Ironiza que um dos pretextos seria evitar que a tinta sujasse os dedos dos eleitores. Por fim, conclama todas as forças democráticas a reagirem contra a crescente depravação eleitoral, defendendo a restauração da autenticidade e transparência no processo eleitoral.